Alepe lembra 20 anos da morte de Frei Damião

Em 21/06/2017
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Objeto de veneração pelos católicos do Nordeste, Frei Damião de Bozzano foi lembrado em Reunião Solene, nessa quarta, na Assembleia Legislativa. A homenagem póstuma foi solicitada pelo presidente da Casa, deputado Guilherme Uchoa, do PDT. O religioso italiano, que dedicou mais de seis décadas a missões pelas cidades nordestinas, pode ser canonizado pelo Vaticano em 2018. Responsável pela causa de beatificação e canonização do Frei Damião, o Frei Jociel Gomes informou que, em fevereiro do próximo ano, o processo vai ser julgado. “Se já tivermos aprovado também um milagre, acontecido por intercessão de Frei Damião, algo que não seja explicado pela ciência ou medicina, ele será beatificado.”

A deputada Terezinha Nunes, do PSDB, conduziu a cerimônia, representando a presidência da Alepe. A parlamentar recorda uma das procissões do frei na cidade de Teixeira, no Sertão da Paraíba. Ainda criança, ela acordava às quatro da manhã para ver Damião. “Ele saía da igreja, passava lá em casa, percorria as principais ruas da cidade cantando, e a gente ia atrás. Então, isso ficou marcado na minha infância, as missões de Frei Damião.”

Em entrevista gravada em 1969, na cidade paraibana de Taperoá, perguntaram ao frei se ele aceitava o título de “santo”, dado pela comunidade local. Ele sorriu com humildade e considerou que o gesto era “bondade do povo”. Frei Damião de Bozzano nasceu na cidade de Massarosa, na Itália, em 1898. Aos 13 anos, entrou no seminário da Ordem dos Capuchinhos. Estudou Filosofia, Teologia e Direito Canônico. Desembarcou no Recife em 1931. Por mais de seis décadas, percorreu várias cidades, do Agreste ao Sertão pernambucano, conhecendo a realidade da seca.